quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Galanga avança a lavrar os campos



A comuna da Galanga, no município do Londuimbali, está a registar avanços significativos, sobretudo no domínio da Agricultura, disse ao Jornal de Angola o administrador da localidade.

Benedito Samucambo adiantou que várias infra-estruturas sociais e económicas estão a ser construídas e outras em fase de reabilitação, no âmbito do programa de reconstrução nacional, dando uma nova imagem à comuna.

Com uma população maioritariamente camponesa, o sector da Agricultura está apostado em colocar, em breve, técnicos qualificados que ensinem os camponeses a aproveitar melhor a terra e assim aumentarem a produção, uma vez que esta ainda não atingiu níveis satisfatórios. A batata rena e doce, feijão, milho, soja, mandioca, ginguba e hortícolas são os produtos mais cultivados na região.

Benedito Samucambo disse que o programa do governo de desenvolvimento e promoção do comércio rural, lançado há poucos meses na comuna do Ussoke, vai permitir aos camponeses da circunscrição ter mais incentivos para escoarem os seus produtos para os principais mercados da província, garantindo, desta forma, a segurança alimentar das populações.

Os municípios de Mungo, Bailundo, Londuimbali, Ekunha e Catchiungo fazem parte da primeira fase do programa que tem como finalidade a aquisição de mercadorias, reabilitação de lojas rurais e aquisição de viaturas. Seis lojas na comuna da Galanga estão já a beneficiar do referido programa, dos 20 operadores económicos que vão ser abrangidos.

No âmbito do programa de promoção do comércio rural, foram já desembolsados, pelo Banco de Poupança e Crédito, cerca de 200 milhões de kwanzas. Deste pacote, 20 milhões destinaram-se a financiar os comerciantes do Londuimbali.

Além do programa contemplar a compra de meios de transporte, mercadorias e reabilitação de infra-estruturas comerciais, também tem como objectivo promover a produção interna de produtos agrícolas, para dar mais capacidade de resposta às políticas e estratégias traçadas pelo governo, no âmbito do crédito agrícola de campanha.

Para a presente campanha agrícola, mais de 1.500 famílias, associadas em 15 cooperativas, estão envolvidas e já beneficiaram de inputs, como charruas, catanas, enxadas, limas e fertilizantes, cedidos pelo governo da província do Huambo.
O administrador Benedito Samucambo disse que a colheita do milho varia entre 15 a 30 toneladas, tal como a do feijão, embora tudo dependa do número de famílias e de hectares a serem desbravados.

Cerca de 85 hectares de terras aráveis foram cultivados, produzindo diversos produtos na presente campanha.


Faltam professores

No ano lectivo passado foram matriculados mais de oito mil alunos do ensino primário, e do 1º ciclo do ensino secundário, mas ficaram ainda fora da escola cerca de três mil, devido ao reduzido número de professores. O sector necessita, para este ano, de mais 104 docentes para assegurar os dois níveis de ensino, juntando-se aos 156 já ali colocados.

A comuna dispõe de oito estabelecimentos de ensino, na sua maioria de construção definitiva, mas segundo Benedito Samucambo, grande parte deles não oferece condições de trabalho.

A rede sanitária na comuna funciona apenas com dois centros de saúde, sendo um na localidade de Vila Franca e outro na sede da comuna, o que é insuficiente para dar resposta às necessidades.

A assistência é assegurada por 25 técnicos, entre enfermeiros auxiliares e gerais. Para fazer face à fraca cobertura da rede sanitária a nível da circunscrição, o administrador sublinhou que são necessários quatro postos de saúde com os respectivos técnicos.

As doenças mais frequentes na comuna são as respiratórias, diarreias agudas, malária e parasitoses intestinais.

A população está estimada em 24.676 habitantes, distribuídos por 1.803 famílias.

in Jornal de Angola de 12.01.2012

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