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terça-feira, 10 de janeiro de 2012
Vice-rei do Bailundo defende valorização do poder tradicional
O vice-rei do Bailundo, Armindo Calupeteka, defendeu esta segunda-feira, nesta vila, 75 quilómetros da cidade do Huambo, a necessidade de se dar maior valor ao poder tradicional, visando o resgate e preservação dos valores cívicos e culturais da sociedade angolana.
Falando à imprensa, à margem da visita efectuada pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, ao município do Bailundo, admitiu que muitos cidadãos desrespeitam o poder tradicional e, consequentemente, a cultura, os usos e costumes de determinados povos de Angola.
Para ele, é imperioso que se resgate o objecto social dos ondjangos (que na língua nacional umbundo significa jangos), por serem locais onde no passado eram transmitidos ensinamentos sobre a cultura e educados os jovens e as crianças.
O município do Bailundo, conhecido também como terra do rei Ekuikui, possui uma extensão de sete mil e 65 quilómetros quadrados e uma população estimada em 237 mil habitantes distribuídos em 70 povoações e 568 bairros e aldeias que conformam as suas cinco comunas (Henque, Lunje, Bimbe, Luvemba e a sede municipal).
O seu reino, fundado pelo rei Katiavala no século XV, antes designava-se Halavala. Pelo mesmo passaram, até ao momento, 35 soberanos, entre eles Katiavala I e II, Ekuikui I, II e III, Numa I, II e III, Hundungulo I e II, Tchissende I, II e III, Tchissende I e II, Numa I e II, Mutu Ya Kevela (vice-rei), Jahulo I e II. Augusto Katchitiopololo (Ekuikui IV) é o seu actual rei.
in ANGOP de 10.01.2012
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