O chefe do Departamento do Património Cultural da Direcção da Cultura na Província do Huambo, João Afonso, afirmou hoje, quinta-feira, nesta cidade, que a requalificação da Ombala Mbalundo demonstra o valor que o Governo atribui às tradições culturais.
A propósito das obras de requalificação da Ombala Mbalundo, localizada na vila municipal do Bailundo, 75 quilómetros a norte da cidade do Huambo, o responsável sublinhou que tal iniciativa é também um exemplo notável da valorização do poder tradicional.
Disse que uma vez concluídas, as obras de requalificação da Ombala Mbalundo, iniciadas em Junho deste, vão requalificar as Ombalas da Chiaka (município do Chinjenje), Chingolo (Caála) e Sambo (Chicala-Cholohanga).
Explicou que na Mbalundo está a ser construído o Palácio do Rei e 35 residências para os seus assessores.
Segundo João Afonso, a construção destas infra-estruturas está a basear-se, necessariamente, nos traços arquitectónicos do passado, com vista a preservar o património histórico-cultural deixado pelos ancestrais.
Funcionam na Ombala Mbalundo 35 sobas, dos quais oito permanentes, que residem naquele local tradicional. Diariamente, de acordo com João Afonso, são julgados na corte do Rei vários litígios relacionados com usurpação de terrenos, dividas, violações sexuais e fuga à paternidade.
O reino do Bailundo foi fundado no século XV, até então designado por Halavala. Foram soberanos do mesmo, os reis Katiavala I, Jahulo I, Samandalu, Tchingui I, Tchingui II, Ekuikui I, Numa I, Hundungulo I, Tchissende I, Jungulo, Ngundji, Tchivukuvuku Tchama Tchongonga, Utondossi, Bonji, Bongue, Tchissende II, Vassovava e Katiavala II.
Ekongoliohombo, Ekuikui II, Numa II, Moma, Kangovi, Hundungulo II, Mutu Ya Kevela (vice-rei), Tchissende III, Jahulo II, Mussitu, Tchinendele, Kapoko, Numa II, Pessela Tchongolola e Ekuikui III Ekuikui IV reinaram igualmente o Bailundo. Armindo Francisco Kalupeteka (Ekuikui V) é o actual soberano.
in ANGOP de 21.09.2012
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