quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Alterações ambientais exigem aplicação de medidas sanitárias e fitossanitárias


O chefe da Direcção dos Serviços de Saúde do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, tenente general Aires do Espírito Santo Pereira Africano, disse, no Huambo, que as alterações ambientais e comportamentais exigem aplicação de medidas sanitárias e fitossanitárias com finalidade de promover a defesa do estado de saúde (físico, mental e social) dos efectivos militares.
 
Discursando no acto de abertura da 7ª reunião metodológica dos serviços de saúde do Exército, a decorrer até quinta-feira sob o lema "Reforcemos a capacidade de liderança para melhor servir", o oficial superior do exército angolano afirmou que essas alterações obrigam uma análise sobre as suas implicações nas condições de habitabilidade dos quartéis, prevenção do meio ambiente, segurança alimentar e redução da vulnerabilidade, para prevenir a ocorrência de doenças transmissíveis.
 
Segundo o tenente general Aires Africano, a saúde militar é um factor multiplicador chave do potencial de combate das forças, sendo por isso um recurso fundamental para operações militares, que pode desenrolar-se em cenários provocados pelos agentes, tais como físicos, químicos e biológicos, de natureza ambiental ou dependentes da acção do homem, constituindo ameaça para forças em missão.
 
Neste contexto, frisou que a protecção das Forças Armadas Angolanas requer um serviço de saúde dotado de capacidade de identificar tais agentes, planear a prevenção dos riscos e tratar as lesões e doenças dai resultantes.
 
Assim, acrescentou, as preocupações assumidas a nível internacional no domínio da segurança humana, enquadradas no campo das chamadas ameaças não militares das nações, constituem pilares indispensáveis para o desenvolvimento e aperfeiçoamento científico, tecnológico e investigação das Forcas Armadas para o desenvolvimento das ciências de saúde e biotecnologias.
 
"É necessário adoptar medidas coordenadas e integradas, global e sectorialmente, para minimização das vulnerabilidades que, directa ou indirectamente, possam pôr em causa a segurança humana. Face a este importante desafio não podemos virar as costas, sob pena de trairmos a confiança que nos foi consagrada pelo povo", salientou.
 
De acordo ainda com o chefe da Direcção dos Serviços de Saúde do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas, a racionalização e gestão dos recursos constitui um factor imprescindível para assegurar a continuidade dos serviços e garantir a articulação funcional e optimização do abastecimento de material médico, produtos farmacêuticos e químicos, bem como o reforço de medidas de promoção, protecção e manutenção da saúde física e mental dos efectivos militares.
 
Com a participação de mais de 100 responsáveis de saúde das distintas divisões militares e repartições do sector, além de chefes dos hospitais e médicos estrangeiros das cinco regiões militares do país, o evento está a analisar temas como "normas de elaboração do plano de asseguramento do batalhão médico", bem como "situação geral dos serviços de saúde do Exército".
 
Fundamentos sobre o suporte básico e avançado da vida, indicadores hospitalares, forma de calculo e aplicação da prática, avaliação do contexto para implementação das comissões de peritagens médicas, a liderança e gestão de conflitos no ambiente de trabalho, entre outros, incluem o leque de temas a debater no encontro.
in ANGOP de 19.09.2012

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