Os participantes no conselho consultivo alargado do Instituto de Investigação Agronómica de Angola (IIA) recomendaram, no Huambo, uma investigação virada para as culturas que garantem maior segurança alimentar e ajudam a combater a fome e a pobreza em Angola.
Reunidos no fim-de-semana na Estação Experimental da Chianga, arredores da cidade do Huambo, o conselho alargado do IIA avaliou o estado actual da investigação agrária em Angola e recomendou mais pesquisa das culturas do milho, feijão, mandioca e soja e a qualificação técnica e científica dos investigadores.
O director-geral do Instituto de Investigação Agronómica de Angola, Panzo Domingos, anunciou que as acções do instituto vão incidir na procura de factores que, a curto e médio prazo, melhoram a produtividade, com o uso adequado da água e dos solos, o manejo de plantas daninhas e o domínio de pragas e doenças. As atenções do IIA estão viradas para programas de pesquisa destinados a resolver os problemas nacionais ligados aos cereais, leguminosas e melhoramento dos solos, acrescentou Panzo Domingos.
Apesar dos resultados da investigação serem de longo, médio e curto prazo, o director considera que os trabalhos do Instituto Agronómico “estão no bom caminho”, porque algumas pesquisas realizadas “renderam bons frutos para o sector agrícola”. “Vamos trabalhar no sentido de conseguir a auto-suficiência alimentar”, garantiu Oanzo Domingos.
O secretário do Estado para Agricultura, José Amaro Tati, apontou a investigação agrária como “uma lanterna que dirige o caminho correcto” para o aumento da produção e reforçou que Angola tem de lutar para a soberania alimentar, produzindo mais, para o país se auto-sustentar e para exportar o excedente. Amaro Tati pediu aos pesquisadores mais empenho e responsabilidade no trabalho, de modo a melhorar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar nacional.
No encontro de dois dias foram debatidos temas ligados ao “Programa Nacional de Investigação de Cereais”, “Criação e Desenvolvimento de Híbridos de Milho”, “Programas de Investigação de Raízes e Tubérculos”, “Variedades de Feijão Vulgar e as Principais Pragas”, entre outros. Na reunião, encerrada na sexta-feira passada, participaram quadros do IIA e pesquisadores procedentes das províncias de Malange, Huila, Cabinda, Luanda, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Namibe e Huambo.
in Jornal de Angola de 24.01.2013
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