O especialista em Comunicação Social, Carlos Alberto Luciano Java, considera ser satisfatório o estado actual do jornalismo, nesta província, apesar de admitir que ainda está algo aquém de corresponder com as exigências do público.
Ao dissertar, nesse fim-de-semana, o tema "Estado actual do jornalismo no Huambo: constrangimentos e expectativas", durante um debate promovido pelo Secretariado Provincial do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Carlos Java reconheceu que o exercício da actividade jornalística tem vindo a evoluir significativamente, fruto do uso de meios tecnológicos modernos.
"Acredito ser satisfatório o jornalismo feito nesta província. É claro que ainda não satisfaz plenamente o público, mas são visíveis as melhorias na qualidade das informações divulgadas pelos órgãos de comunicação social públicos e privados em funcionamento no Huambo", esclareceu.
Na sua intervenção, o também docente universitário e padre sublinhou que a evolução da sociedade impulsionou também a evolução do jornalismo que, explicou o especialista, não pode existir sem o contexto social, politico, económico e cultural.
Informou que apesar da complexidade do tema, a análise do estado do jornalismo em qualquer sociedade deve, essencialmente, ser feita tendo em conta o jornalismo a nível de estruturas e tecnologias (órgãos como instituições), a qualidade dos fazedores (jornalistas) e o público (a audiência).
Neste contexto, salientou, a província do Huambo apresenta indicadores que permitem considerar que o estado do jornalismo é satisfatório, mas lamentou o facto de determinados órgãos ainda não oferecerem informações baseadas na isenção e na ética.
"Olhando para o passado, notamos um grande avanço em termos de tecnologias e infra-estruturas de comunicação social. Utilizam-se meios de recolha e divulgação de notícias eficientes e modernos, oferecendo aos jornalistas melhores condições de trabalho, o que antes não se verificava", manifestou.
Para Carlos Java, o sucesso de qualquer órgão de comunicação social está na satisfação do público, tendo, por esta razão, apelado aos seu responsáveis a apostarem mais num jornalismo credível assente em factos e problemas sociais que as comunidades vivem.
in ANGOP de 08.04.2013
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