quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Recolhidas mais de 14 mil armas diversas


Catorze mil e 752 armas de fogo que se encontravam em posse ilegal de cidadãos civis foram recolhidas na província do Huambo, de Janeiro até a presente data, pela Comissão de Desarmamento da população.
 
Os dados foram divulgados, nesta cidade, pelo coordenador executivo da subcomissão técnica, sub-comissário Manuel de Assis Neto, durante a abertura da 1ª reunião de balanço da comissão.
 
Informou, na ocasião, que desde o início do processo foram ainda recolhidos 8.368 engenhos explosivos, 52.245 munições, além da descoberta de oito esconderijos de armamento bélico.
 
O sub-comissário Manuel Assis Neto referiu que o processo de desarmamento continua a obedecer as suas várias etapas, designadamente a de sensibilização da população civil, entrega voluntária de armas, recolha coerciva e justiça sob os autores, selecção do material recolhido e, consequentemente, a destruição do equipamento em estado obsoleto.
 
Apesar do número de material actualmente em posse das autoridades, o também 2º comandante provincial do Huambo da Polícia Nacional para ordem pública disse que não espelha a redução significativa do índice de crimes com recurso a armas de fogo, pelo que deve-se reforçar as medidas de controlo dos artefactos explosivos em uso pelas empresas de segurança privada e outras que se encontram fora dos quartéis e unidades policiais e militares.
 
Sublinhou que o processo de desarmamento é de carácter multi-sectorial, envolvendo, para o efeito, diversas instituições do Estado e organizações não-governamentais, com realce para a “The Hallo Trust” que tem contribuído, através dos seus especialistas, na selecção e destruição do material fora do uso.
 
Esta actividade bastante difícil, cujos resultados consolidam a paz duramente conquistada pelo povo angolano, além de reduzir substancialmente o elevado número de crimes praticados com recurso à arma de fogo, passa, em primeiro lugar, pelo desarmamento da mente do cidadão”, assegurou.  
 
Solicitou, por isso, o Conselho de Igrejas Cristãs em Angola (CICA) e a Igreja Católica, autoridades tradicionais e aos administradores municipais, no sentido de continuarem a redobrar os seus esforços na sensibilização contra a posse e uso de arma de fogo aos cidadãos civis, de modo a permitir a ordem e a segurança pública nas comunidades, evitando desgraças e fatalidades nas famílias.
 
Participam do evento, que termina ainda hoje, o chefe do Estado Maior da Região Militar Centro, brigadeiro Remigio do Espírito Santo, membros do conselho consultivo do comando da Polícia Nacional na província, administradores municipais, membros da comissão provincial e da subcomissão técnica de desarmamento à população civil, autoridades tradicionais e eclesiásticas.
 
O processo de desarmamento da população civil em Angola teve início com a resolução nº47/2008, aprovada pelo Conselho de Ministros a 16 de Abril de 2008, sobre o programa de acção do governo relativamente a recolha de armas de fogo aos cidadãos civis.

in ANGOP de 21.08.2013

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