quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Um feliz Ano Novo


Uma nova família de notas de kwanza começa a circular já no início deste ano, anunciou em 2012 o Banco Nacional de Angola (BNA), dando conta que a introdução vai ser progressiva, em particular no que respeita às denominações de valor mais mais elevado.


O banco emissor angolano indicou que estas últimas vão ser emitidas e postas em circulação apenas quando as condições de desenvolvimento da economia nacional assim aconselharem.


A nova família de notas tem os valores faciais de um, cinco, dez, 50, 200, 500, 1.000, dois mil, cinco mil e dez mil kwanzas, tal como moedas de cinco e dois kwanzas e de 50 e dez cêntimos.


O banco central angolano afirmou, nos últimos dias de Dezembro, que vai continuar a trabalhar para que, a médio prazo, a taxa de juros seja o principal instrumento da política monetária e a taxa de inflação a âncora nominal para a formação das expectativas dos a­gentes económicos.


Trata-se, indicou o banco Nacional, de uma medida concertada com o Ministério da Economia destinada a assegurar, a partir de 2013, o controlo da gestão dos indicadores de produção,  gerando decisões viradas para o crescimento da economia nacional.


Cifras oficiais revelam que, este ano, vai ser disponibilizada uma dotação de cinco mil milhões de kwanzas para a bonificação de juros, de modo a garantir 50 por cento das necessidades da economia, e dez mil milhões para completar o valor previsto para o Fundo de Garantia de Crédito.


O Ministério da Economia prevê ainda, para 2013, assegurar melhor a aplicação dos benefícios fiscais, identificando alterações, procedimentos, formulários e meios de comunicação que ajudem os empresários a beneficiar daquilo que está  preceituado na lei. Além disso, pretende submeter à aprovação diplomas legais para o regime fiscal e aduaneiro, já preparados para lançar a Zona Económica Especial (ZEE) Luanda/Bengo.


Comércio

O Ministério do Comércio prevê para este ano o reinício das obras dos Centros de Logística e Distribuição (CLOD) das províncias de Luanda e Huambo e a construção dos armazéns de recolha, lavagem e calibragem dos produtos.


A privatização da gestão da rede de lojas comerciais de proximidade Poupa Lá, está planeada para o próximo ano.


A instituição projectou mandar construir mercados municipais em todo o país e dinamizar o funcionamento das lojas pedagógicas de Luanda e Huambo, assim como activar a Escola Nacional do Comércio para formar comerciantes em teoria e prática.


A formação do Instituto Nacional de Exportações e a adopção do estudo de projecto para a constituição, tal como a melhoria e revitalização do sistema estatístico do Ministério do Comércio, são outras metas estabelecidas pela instituição para melhorar os serviços.

Pescas

No quadro das políticas de desenvolvimento do sector, o Ministério das Pescas tem prevista a construção, este ano, de centros de larvicultura, a reabilitação do Porto Pesqueiro da Boavista e a construção da segunda fase da Academia de Pescas do Namibe.


Vão também realizar-se estudos para a construção do Cefopesca (Centro de Formação Pesqueira) em Luanda, para a edificação da Escola Hélder Neto no Namibe, e para que se ergam as pontes-cais da Baía Farta (Benguela) e do Tômbwa (Namibe), projectos que pontencializam a pesca nessas regiões do território angolano.

O Ministério tem projectadas acções para a melhoria e optimização da produção de sal.
Com estes projectos, o sector das pescas pretende restabelecer a sua capacidade de formação especializada, neste momento reduzida a níveis pouco significativos.


Vai ainda ser dada atenção especial ao aproveitamento das espécies com fraco valor comercial, com base em técnicas simples de processamento e com a aposição de algum valor que atraia o seu consumo e comercialização.


Relativamente à Investigação Pesqueira, o ministério deve continuar, de forma dinâmica, a realizar as suas campanhas e estudos para melhorar cada vez mais a gestão dos recursos pesqueiros.

Minas


O Ministério da Geologia e Minas pretende este ano tornar Angola numa potência mineira à altura do país e dos desafios de África.


O titular do pelouro, Francisco Queiroz, afirmou no fim de Dezembro que o país tem este potencial e é necessário transformá-lo em realidade. Reconheceu que, para isso, são necessários quadros.


O ministério quer diversificar a exploração mineira que actualmente se concentra nos diamantes. O Plano Nacional de Geologia e o Código Mineiro são instrumentos que vão permitir levar a cabo essas atribuições e atingir as metas que foram preconizadas.
in Jornal de Angola de 02.01.2012

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