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Domingos David, que falava por ocasião do dia do consumidor, assinalado na sexta-feira, lamentou esta atitude, admitindo haver um notável desequilíbrio na relação entre compradores e vendedores.
Os consumidores, alertou o responsável, não devem considerar-se agentes passivos, permitindo que os seus direitos sejam constantemente violados pelos fornecedores de bens e serviços, que acham ser a parte mais importante da relação.
Por isso, é necessário estabelecer-se uma relação de interdependência entre consumidores e fornecedores, uma vez que a existência de um depende do outro.
“Lamentavelmente, nota-se um desequilíbrio na relação. Os detentores dos bens e serviços colocam-se acima dos que deles fazem uso, quando o normal era tratarem-se de forma igual”, manifestou.
Domingos David informou que o Instituto Nacional do Consumidor, apesar das suas limitações, tem desenvolvido acções de sensibilização junto dos operadores económicos que intervêm no processo de distribuição de bens e serviços, e dos consumidores, para que a relação entre as partes seja harmoniosa.
A falta de meios de mobilidade, funcionários e recursos financeiros tem condicionado a presença do Instituto Nacional de Defesa do Consumidor nos municípios do interior da província, onde ocorrem casos mais graves de violação dos direitos dos consumidores.
in Jornal de Angola de 20.03.2013
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