segunda-feira, 22 de julho de 2013

Aniversário da histórica vila do Bailundo foi destaque da semana


A semana que terminou fica marcada por vários acontecimentos na província do Huambo, entre os quais as  comemorações dos 111 anos desde que a histórica vila do Bailundo ascendeu a esta categoria.
No dia dos festejos, o vice-governador provincial para a área social e política, Guilherme Tuluka, defendeu a necessidade da realização de um ciclo de palestras para esclarecer a grandeza histórica do Bailundo que ascendeu à categoria de vila no dia 16 de Julho de 1902, através do decreto-lei nº 54 do Boletim Oficial nº1, na altura designada por vila Teixeira da Silva.
Disse que a juventude angolana precisa conhecer e entender o contributo do reino do Bailundo, na luta tenaz contra a ocupação colonial.
A propósito da efeméride, o rei do Bailundo, Ekuikui V, reconheceu os avanços que a vila está a registar em vários domínios, mas lamentou o facto de não haver uma instituição de ensino superior onde a população, sobretudo os jovens, possam dar continuidade aos estudados depois de concluírem o II ciclo do ensino secundário.
Tal situação, segundo o soberano do Bailundo, faz com que a juventude local seja obrigada a mudar para a cidade do Huambo, a fim de prosseguir com a sua formação académica.
Constituiu também destaque o pronunciamento do professor angolano Ricardo Família, especialista em teoria de desenvolvimento curricular, ao sugerir maior atenção na resolução dos factores que condicionam a qualidade de ensino no país, tendo em conta o alcance dos objectivos perseguidos pela educação formal.
Em entrevista, o especialista frisou ser impossível atingir a qualidade de ensino sem que, para tal, se aposte na superação académica constante dos professores, assim como na melhoria das condições de trabalho para garantir eficácia ao processo de ensino e aprendizagem.
Nos últimos sete dias, os professores das diferentes escolas da província do Huambo foram aconselhados pelo director da educação, Manuel Sampaio do Amaral, a atenderem as necessidades individuais de aprendizagem dos seus alunos.
Em declarações à imprensa, o responsável adiantou que deve ser feito um acompanhamento especial aos alunos com dificuldades de audição e de visão, utilizando métodos activos que permitam assimilarem as matérias sem grandes dificuldades.
Não menos importantes foram as declarações do docente universitário César de Osvaldo Pakissi, que defendeu a necessidade de haver maior relação entre as instituições de ensino universitário do país (públicas e privadas) com a sociedade, atendendo o contributo que estas instituições podem prestar para solucionar os problemas sociais.
Falando à Angop sobre o aproveitamento prático dos trabalhos de fim de curso das universidades, o académico admitiu ser responsabilidade das faculdades e institutos superiores produzirem conhecimento útil para a sociedade ultrapassar os seus problemas.
Neste sentido, aconselhou as universidades angolanas olharem para a produção científica como uma das suas prioridades, devendo, para tal, criar estímulos aos que se dedicam à investigação.
Os sete casos de lepra diagnosticados no início deste mês, pelas autoridades sanitárias do município do Cachiungo, na aldeia de Ngonjo, comuna do Chiumbo, 145 quilómetros a nordeste da cidade do Huambo, foi outro destaque da semana.
O administrador da comuna, José Manuel Chissaluquila, mostrou-se preocupado com a situação, tendo salientado que os novos casos de lepra representam um perigo à saúde pública.
Na vertente económica, a semana no Huambo fica marcada com o acto de apresentação, por técnicos do Instituto de Investigação Agronómica (IIA), das novas variedades da batata doce e rena, ricas em vitamina A, C e B1.
Durante a cerimónia, orientada pela directora-geral adjunta do IIA, Maria de Fátima, foram apresentadas as variedades Mayai, Helena, Nemanete e Camuto (batata doce), Boa Branca, IIA50 e Barcelinha (batata rena).
Já no concernente ao desporto, foi destaque o anúncio da desistência do Clube Desportivo JGM na presente edição do torneio de apuramento à primeira divisão, em que integrava a série B.
A decisão, segundo explicou o presidente de direcção desta agremiação, Jorge Gomes Mangrinha, deve-se a falta de recursos financeiros, já que não obteve da parte do governo da província o apoio que solicitou em Maio último, dois meses antes do arranque da prova.

in ANGOP de 22.07.2013

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