terça-feira, 16 de julho de 2013

Vila do Bailundo comemora aniversário com avanços consideráveis


A vila do Bailundo, 75 quilómetros a norte da cidade do Huambo, completa hoje, terça-feira, 111 anos desde a sua ascensão à categoria de vila, com avanços consideráveis em todos os domínios da vida económica, social, política e cultural.

A circunscrição, que ascendeu à categoria da vila aos 16 de Julho de 1902 através do decreto-lei nº 54 do Boletim Oficial nº1, mudou significativamente a sua imagem nos últimos 11 anos, depois de Angola conquistar a paz e reconciliação nacional no dia 4 de Abril de 2002.

Chamada por muitos como terra do Rei Ekuikui e Katyavala, a região possui uma extensão de sete mil e 65 quilómetros quadrados e uma população estimada em 237 mil habitantes, distribuídos em 70 povoações comerciais e 568 bairros e aldeias que compreendem as suas cinco comunas: Hengue, Lunje, Bimbe, Luvemba e sede municipal.

Logo a entrada da vila, o Centro Cultural Mbalundu demonstra a mudança da imagem da região, com estátua em homenagem ao Rei Ekuikui II, símbolo da resistência anti-colonial no planalto central de Angola, a revelar a imponência do local.

Os últimos anos têm sido decisivos para a população do Bailundo, que tudo faz para que a vila venha a ser um cartão de visita para os que se deslocam à circunscrição encontrem ali um lugar cada vez mais acolhedor e aprazível, com a construção de hotéis.

Verifica-se também um ritmo acelerado nos ramos da educação e saúde com a expansão deste dois serviços imprescindível para o bem-estar de qualquer sociedade, a par do aumento da produção agropecuária, distribuição de água potável e do fornecimento de energias eléctrica em todas às comunas.

A vila municipal conta, neste momento, com uma Repartição Fiscal das Finanças, dos Correios de Angola e com agências do Banco de Poupança e Crédito (BPC), Banco Internacional de Crédito (BIC), Banco de Fomento Angola (BFA) e do Banco Sol.

O administrador municipal do Bailundo, Irineu Sacaála, deu conhecer que o município está a desenvolver-se com a construção de várias obras de impacto económico-social, com destaque para construção da nova centralidade, que vai albergar três mil casas, e a reabilitação do troço rodoviário Bailundo/Cassonque (província do Kwanza Sul).

"Estamos a trabalhar no sentido de melhorar as condições de vida das populações, visto que a preocupação central do Executivo é solucionar as dificuldades das famílias. Dai a razão da construção de diversas infra-estruturas escolares, sanitárias e rodoviárias, como são o exemplo da recuperação das vias e pontes de acesso às comunas e sectores para permitir o escoamento dos produtos agrícolas e medicamentos", sublinhou.

Em alusão às festividades comemorativas aos 111 anos da fundação da vila do Bailundo, o administrador disse que estão agendadas actividades culturais, desportivas, religiosas e palestras sobre a história da circunscrição.

O reino do Bailundo conta com uma Ombala Mbalundo onde funcionam 35 sobas, dos quais oito permanentes que residem naquele local tradicional e o monte Halavala, local histórico onde jazem os restos mortais dos Reis Katyavala, Ekuikui II e IV.

Passaram pelo reino do Bailundo 36 soberanos, designadamente Katiavala I, Jahulo I, Samandalu, Tchingui I, Tchingui II, Ekuikui I, Numa I, Hundungulo I, Tchissende I, Jungulo, Ngundji, Tchivukuvuku Tchama Tchongonga, Utondossi, Bonji, Bongue, Tchissende II, Vassovava e Katiavala II.


Os soberanos Ekongoliohombo, Ekuikui II, Numa II, Moma, Kangovi, Hundungulo II, Mutu ya Kevela (vice-rei), Tchissende III, Jahulo II, Mussitu, Tchinendele, Kapoko, Numa II, Pessela Tchongolola, Ekuikui III e Ekuikui IV, completam a lista. Armindo Francisco Kalupeteka (Ekuikui V) é o actual rei.

in ANGOP de 16.07.2013

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