terça-feira, 2 de julho de 2013

Colectivo teatral Vozes d'África leva peça Makas são Makas ao Bié


O colectivo de artes teatral Vozes d'África, do Huambo, apresenta sábado, na cidade do Kuíto, província do Bié, a peça “Makas são Makas”, durante o 2º dia de exibições da primeira edição do festival de teatro daquela região.
 
Em declarações, momentos antes da viagem ao Bié, o director do grupo, Pascoal Pedro Nhanga, explicou que “Makas são Makas” é uma peça que leva os espectadores ao campo cénico, da comédia e do drama e é interpretada de forma rítmica e harmoniosa.
 
Informou que esta mesma peça, com a qual o grupo ficou na 3ª posição no Festival Nacional de Teatro, realizado em 2001 na província de Cabinda, narra um conflito que ocorre em uma comunidade rural, cuja solução é dada pela autoridade tradicional máxima da aldeia.
 
Makas são Makas, de acordo com Pascoal Pedro Nhanga, é uma obra de teatro que concorre para o resgate dos valores morais e cívicos, assim como na preservação e valorização da cultura angolana, onde a figura do poder tradicional tem sido subestimada pelas gerações actuais.
 
Além da exibição da peça, disse, o colectivo foi ainda convidado neste festival para falar sobre a sua trajectória, tendo como pontos mais altos a conquista, em 2011, do prémio nacional de arte e cultura na categoria de teatro, bem como a formação de 27 grupos na província do Huambo.
 
O festival, que arranca com a participação de oito grupos locais e dois convidados (Vozes de África e Enigma Teatro de Luanda).
 
Fundado a 10 de Março de 1998, nesta cidade, com o objectivo de fazer ressurgir o teatro na província do Huambo, o colectivo Vozes D'África fez as suas primeiras aparições públicas entre os dias 14 a 17 de Março do mesmo ano.
 
A seis de Novembro de 1999, após um ano de interrupção, o Vozes D'África reapareceu e abriu neste mesmo ano o seu 1º espaço de representações, numa das salas do actual Instituto Superior Politécnico, antiga escola comercial Sarmento Rodrigues (Ho Chi Mim).
 
Daí em diante, segundo consta do seu historial, o colectivo começou uma nova era, através da implementação de várias acções formativas, que culminaram com a criação de 27 grupos, dos quais 14 estão na capital da província e os restantes nos municípios do interior.
 
Em 2001, o grupo ficou na 3ª posição do Festival Nacional de Teatro, realizado na província de Cabinda. Participou em vários eventos nas províncias do Bié, Luanda e Benguela, encenado peças de sensibilização contra minas e doenças sexualmente transmissíveis, além de ter produzido três radio-novelas de carácter educativo.
 
Do seu repertório constam aproximadamente 64 obras teatrais relacionadas aos usos e costumes da tradição da etnia ovimbundu, entre outras. Conta actualmente com 15 actores e oito estagiários.
 
Desde 2008 o colectivo tem realizado anualmente um festival inter-provincial, designado por “Vozáfrica” que visa proporcionar o intercâmbio cultural e o conhecimento das potencialidades e diversidades culturais como instrumento de reforço à consolidação da unidade do povo angolano, assim como estimular a qualidade e criatividade artística, favorecer o fomento das artes cénicas, particularmente nas áreas de produção, promoção e difusão.
 
in ANGOP de 02.07.2013

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