O resgate e a valorização dos valores culturais numa determinada sociedade
passam pelo conhecimento da História por parte dos seus integrantes defendeu
ontem, no Huambo, o presidente da associação dos Amigos e Naturais da Quissala,
Bernardo Sangueve.
O responsável, que falava após a festa dos akokotos (crânios), afirmou que o
resgate dos valores culturais só é possível se os cidadãos tiverem conhecimentos
sobre a sua verdadeira identidade cultural.
Bernardo Sangueve alertou, também, para a importância de se continuar a promover acções assentes na divulgação dos hábitos e costumes nacionais em palestras, campanhas de sensibilização e diálogos familiares, com o objectivo de mostrar aos jovens o modelo de vida dos ancestrais.
Na sua perspectiva, os elevados índices de delinquência juvenil e de violência doméstica são fruto do desrespeito pelos valores morais e culturais. Por isso, considera imperiosa a conjugação de esforços entre os diversos sectores sociais para o êxito do processo de resgate destes princípios.
A tradicional festa dos akokotos é baseada na veneração das autoridades tradicionais dos túmulos dos soberanos e dos sobas da Corte do Reino do Huambo, a fim de solicitarem paz e prosperidade, e realizou-se no fim-de-semana com a participação de várias entidades.
Veneração dos reis
A cerimónia teve lugar este ano junto ao túmulo do Rei Livongue, na ombala Calicoque, localizada nos arredores da sede da província e enquadrou-se nas festividades alusivas aos 101 anos de existência da cidade do Huambo, que se assinala no próximo dia 21.
Antes de entrarem no local, os participantes, chefiados pela administradora municipal adjunta do Huambo, Deolinda Camarada, cumpriram alguns rituais, entre os quais a unção das mãos com óleo de palma. Depois, depositaram alguns valores monetários no túmulo do rei e sacrificaram um animal, para que ele conceda chuva.
Os membros da administração receberam explicações pormenorizadas da ombala Calicoque e do rei Livongue, sobrinho de Wambo Calunga (mítico caçador considerado por muitos como o fundador do reino do Huambo).
Os akokotos são crânios de sobas e reis desta região preservados em locais sagrados, onde as autoridades tradicionais realizam actividades para pedir aos ancestrais fertilidade, boa colheita, chuva, protecção, paz, segurança e mais benesses para o povo. Representa não apenas o poder tradicional, mas também a identidade cultural dos povos dos antigos reinos do Huambo, dos quais os mais antigos datam de 1800.
in Jornal de Angola de 30.09.2013
Bernardo Sangueve alertou, também, para a importância de se continuar a promover acções assentes na divulgação dos hábitos e costumes nacionais em palestras, campanhas de sensibilização e diálogos familiares, com o objectivo de mostrar aos jovens o modelo de vida dos ancestrais.
Na sua perspectiva, os elevados índices de delinquência juvenil e de violência doméstica são fruto do desrespeito pelos valores morais e culturais. Por isso, considera imperiosa a conjugação de esforços entre os diversos sectores sociais para o êxito do processo de resgate destes princípios.
A tradicional festa dos akokotos é baseada na veneração das autoridades tradicionais dos túmulos dos soberanos e dos sobas da Corte do Reino do Huambo, a fim de solicitarem paz e prosperidade, e realizou-se no fim-de-semana com a participação de várias entidades.
Veneração dos reis
A cerimónia teve lugar este ano junto ao túmulo do Rei Livongue, na ombala Calicoque, localizada nos arredores da sede da província e enquadrou-se nas festividades alusivas aos 101 anos de existência da cidade do Huambo, que se assinala no próximo dia 21.
Antes de entrarem no local, os participantes, chefiados pela administradora municipal adjunta do Huambo, Deolinda Camarada, cumpriram alguns rituais, entre os quais a unção das mãos com óleo de palma. Depois, depositaram alguns valores monetários no túmulo do rei e sacrificaram um animal, para que ele conceda chuva.
Os membros da administração receberam explicações pormenorizadas da ombala Calicoque e do rei Livongue, sobrinho de Wambo Calunga (mítico caçador considerado por muitos como o fundador do reino do Huambo).
Os akokotos são crânios de sobas e reis desta região preservados em locais sagrados, onde as autoridades tradicionais realizam actividades para pedir aos ancestrais fertilidade, boa colheita, chuva, protecção, paz, segurança e mais benesses para o povo. Representa não apenas o poder tradicional, mas também a identidade cultural dos povos dos antigos reinos do Huambo, dos quais os mais antigos datam de 1800.
in Jornal de Angola de 30.09.2013
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