O historiador Venceslau Cassessa disse hoje, no Huambo, que a diversidade cultural deve ser salvaguardada, por ser um direito natural, social e político que identifica os povos de uma determinada região.
Entrevistado a propósito do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento que hoje se assinala, o especialista aconselhou os cidadãos a respeitarem as diferenças culturais que, no seu entender, cooperam para o equilíbrio social.
Sublinhou, no entanto, que a diversidade de culturas nunca deve colocar em perigo a dignidade humana, tão pouco os valores morais e éticos da própria sociedade.
Venceslau Cassessa admitiu que na província do Huambo nota-se uma grande diversidade cultural, fruto da presença de pessoas oriundas de outras partes do país e do estrangeiro, o que permite a cada cidadão expressar-se e viver de acordo com os padrões da sua cultura.
“Ninguém deve ser discriminado ou penalizado por ser de uma cultura diferente da nossa, a única coisa que devemos condenar são as manifestações culturais que ameaçam a dignidade humana, como o feitiço, a mutilação de órgãos genitais da mulher, cortes no corpo, obrigar crianças a viverem maritalmente, a religião mal interpretada e outras mais”, enfatizou.
O Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento foi proclamado pela Assembleia-geral da ONU para assinalar a data da aprovação, em 2001, da Declaração Universal da UNESCO sobre a Diversidade Cultural.
Esta declaração eleva a diversidade cultural à categoria de “património comum da humanidade”, “tão necessária para a humanidade como a biodiversidade biológica para os organismos vivos” e cuja defesa é um imperativo ético indissociável do respeito à dignidade individual.
in ANGOP de 22.05.2013
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