quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Angola com êxito na transparência


Angola subiu 11 lugares na lista da organização não governamental Transparência Internacional sobre corrupção apenas num ano. Portugal perdeu um lugar porque a crise financeira e social fez aumentar a corrupção naquele país da Zona Euro. A Venezuela e Paraguai são os países mais corruptos da América Latina, enquanto Chile e Uruguai se mantêm entre os mais transparentes, aponta o relatório publicado pela ONG com sede na Alemanha.

 
A edição de 2012 do já tradicional Índice de Percepção da Corrupção oferece um “ranking” regional com poucas variações na comparação com os relatórios dos últimos dois anos, mas faz uma advertência:a América Latina é a região do mundo mais violenta, onde a desigualdade é maior”, assegurou o director da Transparência Internacional para as Américas, Alejandro Salas.

 
Na escala global, Somália, Coreia do Norte, Afeganistão, Sudão e Mianmar são os países mais corruptos. Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia, Suécia e Singapura, os menos castigados por este tipo de prática.


A Transparência Internacional, referência global na análise da corrupção, adverte no seu relatório que só um terço dos 176 países passou no exame. A condenação da corrupção ganha terreno em todo o mundo.

Após um ano durante o qual a atenção esteve virada para a corrupção, esperamos que os governos adoptem uma postura mais firme contra o abuso de poder. Os resultados do TPI demonstram que as sociedades continuam a pagar o alto custo que representa a corrupção”, afirmou em comunicado a presidente da Transparência Internacional, Huguette Labelle.

Paulo Morais, vice-presidente da Transparência e Internacional em Portugal, considera que “os investidores e observadores estrangeiros que compõem o índice de percepção da corrupção continuam a não ver progressos visíveis em Portugal. A tendência de estagnação – e até de retrocesso – é a imagem de marca do nosso país no combate à corrupção e isso tem reflexos negativos na nossa capacidade de atrair investimento estrangeiro que nos ajude a sair da crise”.

Ao contrário, em Angola o investimento estrangeiro aumenta diariamente. Angola melhorou 11 lugares na lista da Transparência Internacional, fruto das medidas tomadas contra esquemas de corrupção montados durante os anos de guerra, devido ao enfraquecimento da autoridade do Estado. 

Entre os países da CPLP, Cabo Verde melhorou dois lugares, Timor-Leste 30 lugares, Moçambique piorou três lugares, São Tomé e Príncipe melhorou 28 lugares, Guiné-Bissau melhorou quatro e o Brasil melhorou quatro lugares.

Os países “mais limpos” são a Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia. A Transparência Internacional justifica porquê:estas sociedades estão apoiadas por um nível de acesso a sistemas de informação e em regras claras que regem o comportamento dos agentes em cargos públicos”.
in Jornal de Angola de 06.12.2012

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