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terça-feira, 27 de março de 2012
A pesca continental
No Huambo as comunidades ribeirinhas aumentaram as capturas de pescado. Nos dois primeiros meses deste ano, os pescadores artesanais já pescaram mais do que durante todo o ano passado. Não houve milagre, apenas foram ajudados. O Executivo entregou às comunidades piscatórias pequenos barcos com motores e apetrechos em condições.
Hoje podemos dizer que em todo o vale do Keve, nas margens das lagoas e junto dos pequenos e médios rios da província do Huambo as comunidades piscatórias têm peixe com fartura para o seu sustento e ainda auferem rendimentos da venda dos excedentes, que são cada vez mais.
Na província da Huíla registou-se o mesmo sucesso. As comunidades que habitam nas zonas ribeirinhas melhoraram muito a sua qualidade de vida e a actividade da pesca artesanal hoje vale a pena, porque os pescadores conseguem sustentar as famílias mas também ganham dinheiro com as vendas.
Aqui no Uíge temos uma rede hidrográfica importante. São dezenas de rios grandes, centenas de pequenos e milhares de lagoas. Infelizmente, a pesca artesanal não atingiu o nível desejado. E isso quer dizer que temos uma riqueza imensa inexplorada, ao mesmo tempo que as comunidades rurais enfrentam dificuldades.
O peixe seco é a base da alimentação de milhares de famílias. O pescado abunda, mas poucos se dedicam à pesca. Por isso, o Ministério da Agricultura e Pescas devia desenvolver no Uíge o mesmo programa que desenvolveu no Huambo, na Huíla ou no Kuando-Kubango. A pesca continental garante comida e rendimentos. Assim as comunidades sejam incentivadas e apoiadas para se dedicarem à pesca artesanal.
in Jornal de Angola de 27.03.2012
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