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quinta-feira, 22 de março de 2012
Agrónomo quer maior participação das comunidades na manutenção das florestas
A fraca participação das comunidades na manutenção das plantas tem reduzido os resultados das campanhas de plantação de árvores ao nível do município do Bailundo, província do Huambo, afirmou hoje o agrónomo Abias João Fernandes.
Falando no âmbito do 21 de Março, data dedicada à floresta, o também chefe de repartição da área económica e produtiva da Administração Municipal do Bailundo revelou que de 2008 a Fevereiro deste ano plantaram-se 25 mil árvores diversas nas cinco comunas da circunscrição.
Destacou a realização de palestras nas igrejas, escolas e encontros com os sobas, como as medidas que têm sido adoptadas para envolver mais as comunidades na conservação das plantas, apesar de considerar que as famílias devem criar mecanismos de educação ambiental.
“Temos tido boa participação dos alunos, da polícia, das Forças Armadas Angolanas (FAA), das sociedades de senhoras e a colaboração dos sobas nas campanhas de plantação, deixamos orientações para que cada pessoa cuide de pelo menos duas plantas, infelizmente poucos têm cumprido e assim perdemos muitas árvores devido ao sol excessivo e as queimadas anárquicas”, lamentou.
O eucalipto, o cedro, a jacarandá e as acácias têm sido as espécies mais plantadas, com o objectivo de criar cortinas de vento e também para ornamentar as vias públicas.
Revelou que até ao momento o município tem florestas naturais densas em algumas comunas, mas é preocupante a produção de carvão. “ A nossa maior preocupação consiste na exploração comercial de volto, pois as produções de carvão familiar não prejudicam tanto as florestas”, referiu.
Na sua opinião dever-se-à se incentivar mais a fiscalização florestal, com vista a redução dos danos ambientais, principalmente por comerciantes que se aproveitam das comunidades ganhando lucros sem pagar impostos quase nenhuns.
Deu a conhecer que estão a ser feitas experiências de multiplicação de semente de uma espécie de floresta natural denominada em língua umbundu de Onduko, mais utilizada na produção de carvão e lenha, com o propósito de se repovoar as áreas descobertas.
in ANGOP de 22.03.2012
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