quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Investigação agrária melhora sementes

Os participantes no conselho consultivo alargado do Instituto de Investigação Agronómica de Angola (IIA) recomendaram, no Huambo, uma investigação virada para as culturas que garantem maior segurança alimentar e ajudam a combater a fome e a pobreza em Angola.

Reunidos no fim-de-semana na Estação Experimental da Chianga, arredores da cidade do Huambo, o conselho alargado do IIA avaliou o estado actual da investigação agrária em Angola e recomendou mais pesquisa das culturas do milho, feijão, mandioca e soja e a qualificação técnica e científica dos investigadores.


O director-geral do Instituto de Investigação Agronómica de Angola, Panzo Domingos, anunciou que as acções do instituto vão incidir na procura de factores que, a curto e médio prazo, melhoram a produtividade, com o uso adequado da água e dos solos, o manejo de plantas daninhas e o domínio de pragas e doenças. As atenções do IIA estão viradas para programas de pesquisa destinados a resolver os problemas nacionais ligados aos cereais, leguminosas e melhoramento dos solos, acrescentou Panzo Domingos.


Apesar dos resultados da investigação serem de longo, médio e curto prazo, o director considera que os trabalhos do Instituto Agronómico “estão no bom caminho”, porque algumas pesquisas realizadas “renderam bons frutos para o sector agrícola”. “Vamos trabalhar no sentido de conseguir a auto-suficiência alimentar”, garantiu Oanzo Domingos. 

O secretário do Estado para Agricultura, José Amaro Tati, apontou a investigação agrária como “uma lanterna que dirige o caminho correcto” para o aumento da produção e reforçou que Angola tem de lutar para a soberania alimentar, produzindo mais, para o país se auto-sustentar e para exportar o excedente. Amaro Tati pediu aos pesquisadores mais empenho e responsabilidade no trabalho, de modo a melhorar a produção agrícola e garantir a segurança alimentar nacional. 

  No encontro de dois dias foram debatidos temas ligados ao “Programa Nacional de Investigação de Cereais”, “Criação e Desenvolvimento de Híbridos de Milho”, “Programas de Investigação de Raízes e Tubérculos”, “Variedades de Feijão Vulgar e as Principais Pragas”, entre outros.  Na reunião, encerrada na sexta-feira passada, participaram quadros do IIA e pesquisadores procedentes das províncias de Malange, Huila, Cabinda, Luanda, Kwanza-Norte, Kwanza-Sul, Namibe e Huambo.
in Jornal de Angola de 24.01.2013

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