A comuna do Chiumbo, município do Catchiungo, no Huambo, já foi, em tempos idos, paragem obrigatória para quem fazia viagens do Norte para o Leste do país, sem ter de passar pela cidade do Huambo. Situada ao longo da Estrada Nacional 250, que liga o litoral às províncias do Bié e do Kuando-Kubango, durante muitos anos, a comuna esteve isolada devido à degradação provocada pela guerra do troço Bailundo/Cachiungo.
Com a reabilitação de que foi alvo, o Chiumbo recuperou o seu lugar na geografia da região e a população está a sentir-lhe os efeitos na progressiva melhoria das condições de vida.
Novas escolas, centros e postos de saúde surgiram nestes últimos anos na comuna e a população, maioritariamente camponesa, já consegue levar os seus produtos do campo para os grandes mercados da região, como o da vila do Bailundo, Catchiungo, Tchicala Tcholohanga e até mesmo do Huambo. “A vida das populações ficou facilitada. Hoje, as pessoas movimentam-se livremente para as grandes cidades, como Luanda, Benguela, Sumbe, Menongue, Cuito, Luena, no Moxico, para as trocas comerciais”, disse o administrador comunal, José Manuel Tchissalukila.
As autoridades projectam, para breve, a reabilitação das estradas secundárias e terciárias, com as respectivas pontes, e ampliar a oferta de serviços sociais aos habitantes da circunscrição, para melhorar cada vez mais a vida dos munícipes.
César Kapamba, comerciante, confirmou à reportagem do Jornal de Angola que a reabilitação das vias e da própria vila do Chiumbo está a melhorar a vida da população e o comércio na localidade.
"Antes, o escoamento de produtos do campo para as outras localidades era feito com muita dificuldade. Desde que foi reabilitada a Estrada Nacional, a movimentação de pessoas e mercadorias aumentou como nunca”, disse Kapanda, visivelmente emocionado.
Para o camionista João Pedro Sambenguela as melhores condições em que se encontra a estrada também lhe tornaram a vida mais fácil, uma vez que em vez das duas horas e meia que demorava a ir do Bailundo a Chiumbo, hoje a viagem é feita “num abrir e fechar de olhos”, ou seja, em 35 minutos. Augusto Epandi, residente na vila, reconheceu a mudança que está a ocorrer na região, desde que as obras da via ficaram concluídas, no ano passado. “Actualmente, já se consegue andar a qualquer hora e para qualquer localidade. Todos os produtores podem ser evacuados para fora da comuna”.
in Jornal de Angola de 13.07.2012
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