quinta-feira, 5 de julho de 2012

Defendida maior interacção entre unidades hospitalares privadas e públicas

O chefe de inspecção administrativa e hospitalar da Direcção Provincial da Saúde no Huambo, Martins Alberto Canuele, defendeu hoje, quarta-feira, nesta cidade, a necessidade de haver maior interacção entre as unidades hospitalares privadas e as públicas, de modo a melhorar a qualidade de atendimento médico e medicamentoso aos doentes.
 
Em declarações a propósito da qualidade dos serviços prestados por clínicas e postos médicos privados, o responsável considerou que a troca de experiências entre o sector público e privado, incluindo a medicina tradicional, vai permitir descongestionar o afluxo de pacientes que preferem ser assistidos em unidades sanitárias públicas em detrimento das privadas.
 
Martins Canuele considerou que, nesta província, a prestação de serviços nas clínicas e centros médicos privados está longe de satisfazer as exigências.
 
Justificou a sua afirmação com o facto de tais unidades não possuírem infra-estruturas adequadas para o exercício da actividade, falta de técnicos competentes e, sobretudo, pessoal que trabalhe a tempo integral.
 
Acrescentou que para a abertura de unidades sanitárias privadas é necessário possuir infra-estruturas com compartimentos adequados, pessoal técnico, declaração administrativa, entre outros requisitos exigidos pelos serviços da administração pública, emprego e segurança social.
 
Informou que a inspecção da Direcção Provincial da Saúde controla actualmente 151 unidades sanitárias privadas, 11 das quais possuem as mínimas condições exigidas para o seu funcionamento adequado.
 
O chefe de inspecção administrativa e hospitalar da Direcção Provincial da Saúde no Huambo avançou que 95 porcento dos funcionários de tais clínicas, postos e centros de saúde são trabalhadores efectivos da função pública, motivo pelo qual têm condicionado a qualidade da prestação de serviço do sector privado.
 
Na sua óptica, é imprescindível que os órgãos de comunicação social do país continuem a desempenhar o seu papel no sentido de desencorajarem a população sobre as consequências da medicina feita em locais impróprios.
in ANGOP de 05.07.2012
 
O responsável apontou, entretanto, o acesso à informação como factor determinante para ultrapassar tal situação que preocupa as autoridades sanitárias da província.

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