O Presidente José Eduardo dos Santos foi recebido no Huambo por mais de meio milhão de pessoas
O Presidente da República inaugurou ontem, na comuna do Cuima, município da Caála, a barragem hidroeléctrica do Gove, que vai fornecer energia eléctrica a mais de quatro milhões de cidadãos das províncias do Huambo e Bié.
Considerado um dos maiores empreendimentos de engenharia da região nos últimos 40 anos, a barragem do Gove tem capacidade instalada de 60 megawatts, divididos em três turbinas, de 20 megawatts cada e vem impulsionar o ressurgimento da rede industrial das duas províncias.
Acompanhado pela Primeira-dama, Ana Paula dos Santos, membros do Executivo e pelo governador do Huambo, Fernando Faustino Muteka, o Chefe de Estado era aguardado, à sua chegada àquele sector, por uma enorme moldura humana e autoridades tradicionais.
Antes do corte da fita, o Presidente da República e a sua comitiva receberam explicações detalhadas do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, sobre as diferentes etapas da execução das obras da barragem.
As obras de reabilitação da barragem do Gove, que em mais de 40 anos sofreu inúmeras sabotagens devido à guerra, estiveram a cargo do Gabinete para Administração da Bacia Hidrográfica do Cunene (GABHIC).
O director do GABHIC, Armindo da Silva, afirmou que o Executivo fez tudo para que a população do planalto central beneficiasse de energia de qualidade e garantiu que a barragem do Gove está dentro dos padrões hidráulicos estruturais internacionais e pode funcionar durante 100 anos sem qualquer tipo de problemas.
As obras da barragem do Gove custaram 270 mil milhões de kwanzas aos cofres do Estado e a sua entrada em funcionamento vai impulsionar o desenvolvimento económico e a recuperação do parque industrial da região, devastado pelo conflito armado.
Em julho, as três turbinas da barragem do Gove começaram a fornecer energia eléctrica em regime experimental e a partir deste mês entrou em funcionamento a primeira fase do fornecimento de energia à cidade do Huambo e à vila da Caála. A segunda fase da barragem contempla a província do Bié, com 20 megawatts, quando estiverem concluídas as obras de instalação das linhas de transporte e respectivas subestações.
A construção da barragem do Gove começou em 1969, tendo sido interrompida muitas vezes após a independência devido à guerra. A retomada das obras gerou centenas de postos de trabalho, sobretudo para jovens.
in Jornal de Angola de 23.08.2012
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