segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O valor de uma estrada nacional para as comunidades


Estrada Nacional 140 que liga as províncias do Huambo Bié e Kuando-Kubango onde o trânsito é fluido e regista pouca circulação de viaturas em toda a sua extensão

A viagem começa na cidade do Huambo e perorremos 470 quilómetros até à cidade de Menongue. Estamos em frente ao Hotel Roma Ritz. A caravana, composto por viaturas todo-o-terreno, transportava jovens filiados na JMPLA que percorrem o país para divulgar o programa Diálogo Juvenil”. O primeiro secretário da organização, Sérgio Luther Rescova, dá orientações sobre a viagem.

Os carros deslizam no tapete asfáltico sem sobressaltos. O olhar vislumbra a cintura verde que delimita a cidade do Huambo. A velocidade do carro não permite tomar boa nota dos pormenores que a estrada e a natureza nos oferecem. A máquina fotográfica está bem posicionada nas mãos, para registar as imagens que enchem os nossos olhos. É a beleza das paisagens do Planalto Central. No horizonte, o verde das paisagens casa com o azul das nuvens. É formidável! É aqui que sentimos como é bom estar fora do frenesim de Luanda. Ar puro! São os frutos da paz, conquistada em 2002.

A alegria de andar pelas estradas do país leva-nos a paisagens nunca antes vistas. Os rios que se encontram ao longo da via são outra maravilha. Os lagos e as lagoas nas proximidades da estrada ornamentam a via. O brilho das águas reflecte o verde das árvores. O excelente estado da estrada entre as cidades do Huambo e Cuito e a capital do Kuando-Kubango, permite aos jovens de Menongue fazerem viagens turísticas para o Planalto Central. A mobilidade facilita os negócios.

A vida nos municípios do Catchiungo e Tchicala Tcholoanga é animada. Os kupapatas movimentam as vilas. É visível a alegria das populações. O Caminho-de-Ferro de Benguela serpenteia a estrada em direcção ao Cuito, na província do Bié. As lindas paisagens reclamam visitas turísticas. Estamos no desvio para o Bié em direcção ao Kuando-Kubango. As placas que indicam o trajecto sãos visíveis. Aqui a curiosidade do repórter começa. Não conheço a estrada das províncias do Bié e Kuando-Kubango. A distância que nos separa do desvio às terras do progresso é percorrida com distracção, dadas as imensas terras planas. Sem montanhas, as chanas parecem ser uma montagem. A Estrada Nacional número 140 é uma das melhores que o Executivo construiu no âmbito do processo da reconstrução nacional, como disse um companheiro de viagem.
O brilho do asfalto ao longe parece o brilho das águas dos rios Donde e Liapela, A via regista pouco trânsito, ao contrário da via que liga Huambo ao Bié.

As aldeias Calanga, Vipata, Chinque, Zequita, Chiungo Micha, Utále, Macova, Miveve e Chipita estão bem sinalizadas. De aldeia a aldeia vemos crianças a comercializarem produtos do campo. Galinhas e garrafas contendo mel são apontadas em direcção aos passageiros dos carros.

in Jornal de Angola de 30.01.2012

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