A Associação de Desenvolvimento e Enquadramento Social das Populações Vulneráveis (Adespov) vai criar, ainda este mês, nos municípios do Bailundo e Mungo, a 75 e 135 quilómetros da cidade do Huambo, cinco bancos de semente agrícolas diversas.
Em declarações hoje, o director da referida organização não governamental angolana, Julião Agostinho, informou que tal projecto será desenvolvido em parceria com a Organização Internacional para as Migrações e vai beneficiar mil e quinze famílias, que recentemente regressaram das Repúblicas da Zâmbia, Namíbia e Congo Democrático, onde viviam como refugiados.
Do total de bancos de semente a serem criados, de acordo com a fonte, três estarão no município do Bailundo e dois no Mungo.
Julião Agostinho fez saber que a implementação do projecto vai durar três meses e está orçado em 97 mil dólares americanos.
Explicou que o banco de sementes é um conjunto de armazéns especializados para conservar sementes, de modo a evitar o desaparecimento de culturas e permitir a distribuição racional para o desenvolvimento da actividade agrícola.
Nos municípios do Bailundo e Mungo, os bancos de sementes serão utilizados para a conservação de sementes de milho, feijão, batata-rena, alho e mandioca, visando apoiar as famílias vulneráveis, com maior realce para as que regressaram recentemente ao país.
O director frisou que o projecto será gerido pelos líderes comunitários, sendo que a sua organização irá encarregar-se somente na assistência metodológica e na execução.
Com esta iniciativa, segundo ainda Julião Agostinho, a Associação de Desenvolvimento e Enquadramento Social das Populações Vulneráveis pretende promover a segurança alimentar das famílias camponesas dos municípios beneficiários e combater a fome.
Para permitir a sustentabilidade do referido projecto, os beneficiários serão formados em técnicas de produção agrícola e gestão em termos de reembolso. Cada banco de semente terá a capacidade de armazenar três a quatro toneladas.
in ANGOP de 16.02.2012
Sem comentários:
Enviar um comentário