O director do hospital municipal da Caála, Fernando Ferreira Vicente, no Huambo que a inauguração do banco de leite materno, inicialmente previsto para o próximo dia 1 de Junho, está a depender da chegada dos equipamentos exigidos para o seu pleno funcionamento.
Fez saber que entre os equipamentos constam recipientes de recolha, geleiras e depósitos de conservação em condições de consumo, que poderão ser adquiridos no Brasil mediante um convénio existente entre o governo da província do Huambo e a Fundação Oswaldo Cruz.
Fernando Vicente, que não avançou datas da vinda deste equipamento ao país, informou que as autoridades locais tudo estão a fazer para que ainda este mês o banco de leite seja apetrechado.
Anunciou que no decurso deste mês uma delegação da província, da qual fará parte, deslocar-se-á ao Brasil a fim de acelerar o processo de envio dos meios.
Sublinhou que a entrada em funcionamento do banco de leite materno, o 1º do género no Huambo, tem como propósito reforçar a iniciativa do hospital municipal da Caála em tornar-se a médio ou a longo prazo numa unidade sanitária de referência na recuperação nutricional de recém-nascidos.
O director da maior unidade hospitalar do município da Caála justificou ainda que, a ideia da criação do banco de leite decorre do facto de frequentemente registarem-se em muitas unidades sanitárias bebés recém-nascidos desnutridos e mães com pouco leite.
Referiu que a entrada em funcionamento deste novo serviço, vai igualmente promover a importância do aleitamento materno, visto que algumas doenças que os bebés contraem resultam do facto de terem deixado de mamar precocemente.
Fernando Vicente garantiu existirem contactos muito avançados com especialistas em saúde materna infantil, e estarem já criadas as condições necessárias para a abertura do banco de leite humano do hospital da Caála, 23 quilómetros da cidade do Huambo, que poderá ser o segundo em funcionamento no país, a seguir ao de Luanda.
Com capacidade para internar 200 doentes, o hospital da Caála presta serviços nas áreas de medicina geral, cirurgia, pediatria, ortopedia, ginecologia-obstetricia, saúde mental, hemoterapia, bloco operatório, laboratório, neonatologia, tratamentos intermédios, oftalmologia e estomatologia, estes dois últimos abertos este ano.
O funcionamento pleno do mesmo é assegurado por nove médicos, 123 enfermeiros, além de pessoal administrativo.
in ANGOP de 09.05.2012
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