O responsável da Casa dos Rapazes, padre Marcelino Pungulimue, disse hoje, na província do Huambo, que esta instituição de acolhimento de crianças desamparadas necessita de recursos financeiros para reactivar a sua área de formação de artes e ofícios, por formas a se melhorar a qualidade de ensino prestada.
Informou que a reabertura desta área de formação profissional vai permitir que os jovens antes de deixarem a instituição tenham conhecimento e instrução necessária que os permita reintegrar-se na sociedade sem dificuldades.
O padre deu a conhecer que em tempos idos os jovens eram formados na Casa dos Rapazes nas áreas de serralharia, mecânica, carpintaria, marcenaria, agropecuária e tipografia.
“A nossa grande preocupação tem a ver com a reactivação da área de formação profissional, por formas a ocupar os tempos livres das 51 crianças acolhidas nesta instituição com idades compreendidas entre os sete aos 17 anos de idade. Desde a reabertura desta casa, em 2008, os nossos alunos recebem apenas formação académica e espiritual, o que é insuficiente para a formação integral do homem do amanhã”, destacou.
O padre Marcelino Pungulimue acrescentou que esta tem sido a grande luta da instituição por acreditar que os jovens já não terão outra oportunidade de serem formados profissionalmente depois de abandonarem a casa.
Frisou que das 51 crianças controladas actualmente muitas delas vieram das províncias do Bié, Benguela, Kwanza Sul, Luanda, Huíla, Uige e Lunda Norte.
A Casa dos Rapazes do Huambo foi fundada em 1955 pelo padre português António Manuel Ferreira, para alojar crianças órfãs ou abandonadas.
O primeiro núcleo de rapazes recolhidos por esse sacerdote era constituído por seis meninos do município da Caála, 23 quilómetros da cidade do Huambo, onde começou com o projecto.
in ANGOP de 08.08.2012
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